Olá pessoal! Estou aqui pela primeira vez escrevendo no meu próprio blog. Hehehehehehehehe...
Hoje acordei com vontade de ler emails antigo, que eu costumo guardar na minha Caixa de Entrada, que falam de depoimentos do pessoal que já está ou está indo para nossa terrinha congelada. Enfim, resolvi escrever um pouco da minha justificativa que fez eu convencer meu marido, (é pessoal, Sávio, no início não tava muito empolgado não, mas hoje em dia é o mais animado de todos) minha mãe, meu pai, meu irmão e até eu mesma de ir tentar uma nova vida no Canadá.
Não sei se vocês sabem, mas sou fonoaudióloga e área de saúde no Brasil hoje em dia tá pior que qualquer outra formação. Não recebemos nada nos estágio durante a faculdade, ficamos mendigando emprego e quando ainda nos empenhamos para passar num concurso, vixeeee... lá vem aquele "salário" especial. (coloquei em aspas porque acho que é tão pouco que nem deveria ser chamado de salário e sim de ajuda de custo), mas enfim... foi a profissão que eu escolhi quando eu tinha meus 17 aninhos e ainda tava meio alienada com o mundo, sabe?
O Canadá veio como uma salvação! Fui em uma palestra daquelas que a gente não aguenta mais ouvir e saí de lá já dizendo: "Vou começar a estudar francês amanhã"! (detalhe para um comentário: depois dessa primeira palestra, fui em mais 4! acho que eu tava querendo decorar o que Soraya dizia, né?)
Sobre a minha vida aqui em Recife, não tenho muito do que me queixar. Moro com meus pais, tenho carro quando eu quiser, trabalho (não na minha área, lógico), estudo, tenho meu marido, que mora longe de mim mas a gente tá sempre junto. Pensando por esse lado não teria muito motivos para ir, não é?
Pois pra mim, são esses os meus principais motivos! Moro com meus pais mas a casa não é minha, tenho carro, mas não é meu, trabalho mas não é na minha área, faço pós graduação, que só conta 1 pontinho se eu quiser fazer concurso e tenho meu marido, que por mais que a gente se goste é praticamente impossível vivermos numa casinha da gente, pois o que eu ganho e o que ele também é muito pouco, entendem?
Imagino e já li bastante que o Canadá vai me dar tudo o que eu preciso, um trabalho, independente se é na minha área de formação ou não, que eu vou poder pagar as contas no fim do mês, um governo que a gente paga imposto sim, mas que ver resultado, cursos que eu também me interesso em fazer, até porque acredito que uma pessoa não precisa só fazer uma coisa na vida. Bem, longe dos meus pais eu vou ter que ficar, mas isso também tem o seu lado bom. Vou poder fazer a minha própria família e aprender a me virar sozinha... e quem sabe se um dia meus pais vão morar comigo lá também?Seria ótimo!
Se eu for escrever mais, o pessoal daqui do trabalho me mata, pois hoje é sexta de Carnaval e o pessoal tá loucooooo pra ir embora!
Vou terminar esse post depois, ok?
Mas por enquanto é isso!Ok? :P
Natália
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010
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6 comentários:
Natália, acompanho o blog de vcs e sei bem essa sua sensação.
Também moramos num apto que não é nosso, é do meu pai. Nosso carro, ainda não é nosso, pois financiado só se torna nosso quando quitado né?
Também trabalho numa área que não é a minha do coração, e quando trabalhei na minha área, sempre foi ganhando merreca, que mal dava pra pagar as contas...
Sabe... são tantas coisas que a gente pensa, junta tudo, e vê que, temos uma vida boa sim, comparada à de muitas pessoas, mas a gente batalha tanto pra viver assim? Acho que conformismo é algo que não deveria ser cultivado por ninguém, todo mundo deveria tentar melhorar.
No nosso caso optamos por um caminho onde a consequência principal é estar longe da família... mas será que estando aqui perto deles, ainda assim nos sentiríamos felizes?
Tenho certeza que pelo menos realizados, nos sentiremos no Canadá. É isso o que me move e me dá força ao pensar na despedida...
Força aí :) O processo está acabando!
abraços
Oi Sávio, nosso processo é de 30/09 e ontem recebi informação que pelo menos 2 casais da mesma data receberam seus pedidos ontem mesmo.
Vamos aguardar! Mais longe já esteve! :)
Abraços!
Pois é, concordo em numero gênero e grau..... aqui a gente se mata de trabalhar pra conseguir uma besteira, lá a gente trabalha e tem acesso a tudo que buscamos através do nosos trabalho. bom carnaval.
Natália, me identifiquei bastante com o que você postou!
Aqui podemos encontrar muitos doutores (e olha que quando falo doutor, é aquele que fez doutorado) ainda desempregado, ou até mesmo ganhando pouco.
A sua área de saúde é uma área muito dificil aqui, de fato. Minha área (Contabilidade) é uma área desvalorizada e prostituída.
Sei que será difícil fazer equivalência de diploma por lá, mas por outro lado sei que até nos survival jobs eu posso ganhar direitinho, suficientemente para pagar as contas e ter um pouco de lazer, o que aqui é díficil por causa da violência, e do dinheiro que é pouco. Enfim...
Desejo tudo de bom para vocês dois! Que sejam muito felizes por lá!
Abraços,
Jeferson (Raissa e Nanda)
Oi Natalia,
somos mais um casal nas mesmas condições e desilusões.
É incrível a dificuldade que passamos para conseguir tão pouco. Estudamos anos, passamos em faculdades publicas, pensando que esse trabalho todo valerá de algo na hora de conseguirmos o mínimos para vivermos dignamente. Mas ainda assim acabamos por depender de ajuda dos pais. Esperamos o apto ficar pronto, o carro ser quitado, o salario melhorar.... e esse dia não chega!
Desistimos de acreditar que um dia melhora...
Vamos em busca de um pais que nos de condições para conquistar uma vida descente. Acredito que encontramos!!!
Abçs!
Fernanda
só posso dizer... vamos simbora, né?
:)
tem outro jeito não!
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